Intercâmbio BRASIL X MOÇAMBIQUE


Você sabe o significado da palavra intercâmbio?
Intercâmbio: 1- Troca, permuta. 2- Relações de comércio, ou culturais, entre nações

Esta página tem o objetivo de informar e compartilhar com todo aquele que despertar interesse no Intercâmbio Cultural e Educacional vivenciado pelos professores da Escola Sagrada Família (Jandira -SP) Débora Bernardes, Valdinei, Luciano Barbieri, Priscila, Noêmia e Fabiana Aguiar em Moçambique.



Cultura moçambicana


No dicionário cultura, também, são costumes de um povo, aqui porém, denominaremos como a nossa alma atravessada pelas veias da ancestralidade.

Donos de uma beleza ímpar os moçambicanos são pessoas dotados de muita elegância, seja as mulheres de posse de um traje mais tradicional com suas capulanas coloridas (As CAPULANAS são peças importantíssimas no vestuário das mulheres... Que combinam com saltos, sandálias, sapatos e no dia-a-dia como cortinas, adereço para enfeite de jarros, toalha de mesa, nenecas para acomodação do bebê junto ao corpo da mãe etc.) usadas como saias, vestidos, torços, dispensando qualquer tipo de acessório para seu embelezamento, ou mais modernas acompanhando a moda em brincos, bolsas e diversos acessórios e modelagens (a calça jeans faz parte do vestuário feminino a pouco mais de dois anos). A composição fica ainda mais bonita e característica se aliado com os penteados, a criatividade e a beleza dos cabelos das mulheres de todas as idades. Todos são muito pobres, realmente essa é a realidade do país, mas não encontramos pessoas mal arrumadas e despenteadas facilmente, vimos que existe a preocupação com a imagem. Os cabelos das mulheres veem como forma de identidade, particularidade de cada um. Eles são apresentados longos, curtos, cacheados, lisos, em tonalidades diversas, agora os desenhos são impares, foi possível notar ainda no avião os penteados das aeromoças.
Já os homens, poucos usufruem da moda tradicional com suas batas, o normal é vê-los dando um ar mais moderno com jeans e blazer, belos sapatos, tênis ou sandália com camisas de estampas ora listradas, coloridas, floridas ora contendo uma textura “amassada”. E o mais interessante os moçambicanos são pessoas “discretas”, pois é notório a ausência de decotes, fendas, peças curtas ou muito justas ao corpo. Desse modo é fácil confundi-los com seus batiques, pequenos ou grandes, pinturas bem característica do lugar que em sua maioria retratam o dia-a-dia do povo moçambicano, sua cultura, suas casas arquitetadas com palhas trançadas que muito embelezam os lugares de forma simples e rústica ou como fotografia de sua fauna e flora compondo imagens belíssimas desenvolvidos por artistas locais ora os mesmos que também esculpem diversos objetos para decoração o que podemos citar animais da região, carrancas, chaveiros, estatuas e a construção de colares, braceletes, brincos e diversos objetos para o desfrute dos turistas e da economia local, ora pessoas que só fazem esse tipo de “arte”.
Batiques na decorção da janela na capela da Universidade Pedagógica Sagrada Família

Dentre esses objetos podemos citar os batuques, instrumento musical percussivo muito comum nas igrejas para acompanhamento litúrgico e o Djambé também instrumento musical percussivo bem conhecido no Brasil de tradição milenar nas terras moçambicanas, mas que por lá já não tem o mesmo valor, muitas pessoas acabam importando de países vizinhos como o Senegal. Segundo consta Moçambique atravessa o mesmo problema de auto-desvalorização que podemos encontrar no povo brasileiro que acreditam ilusoriamente que o melhor vem de fora, no nosso caso Estados Unidos da América. Também lá, talvez por causa da língua que é ensinada na escolas, o inglês, nota-se uma boa influência americana como exemplo podemos citar o Hip Hop ou Black music, é muito comum ouvir Beyoncé, Akon, Michael Jackson como é comum ouvir muitas músicas de todos os países lusófonos (que tem como língua mãe o português), já para a “degustação” auditiva do som local podemos citar artistas como: Abilio Mandilazi, Alfredo Mulgui, Funny Mpfumo. Agora, já que falamos sobre influência o que é o Brasil aqui? O maior intercâmbio entre Brasil e Moçambique é feito pelas músicas que é muito comum ouvir nos comércios e nas crianças cantando ao voltar ou ir para a escola ou até mesmo no carro, músicas antigas de artistas como Amado Batista, Roupa Nova ou Lulu Santos entre outros ou através das novelas. Tanto as músicas quanto as novelas chegam já com um bom tempo de atraso, por exemplo: na época do intercâmbio assistíamos como novela das 20h Viver a vida (Globo) ou das 19h Morde e assopra (Globo). Que felicidade e surpresa estampado no rosto da Arneta (cozinheira do campos da Universidade Sagrada Família) ao ouvir o nome Débora, nome característico brasileiro conhecido através das novelas. Eles adoram as novelas do Brasil.

Universidade Pedagógica Sagrada Família

Capela da Universidade

A língua mãe do país é o português (com um sotaque bem particular algo próximo do sotaque de Portugal), ensinado a partir do ingresso da criança na escola, mas é um país de múltiplas línguas: Guitonga, Zulu, Português, Inglês e há aqueles que arriscam Alemão e Francês como é o caso do Bento Professor do curso de pré-universitário da Universidade. É natural ouvirmos pessoas se comunicando em guitonga com uma pessoa, falando ao telefone em inglês e respondendo a você em português, essa é uma realidade definitivamente diferente do brasileiro, mas muito boa para a auto-reflexão.

Interessantes são as expressões:

• Mata bicho = Café da manhã
















• Casa de Banho = Banheiro
















• Mulungu = estrangeiro/homem branco


Agora, adicione toda essa realidade em um caldeirão, como se fossemos fazer um caldo muito saboroso, com um toque de ousadia, uma pitada de sinuosidade e energia vibrante e visualize vossas danças. Podemos adicionar esse caldo em tudo que se apresente como dança o Halls, danças tradicionais locais, o Zouk que lá se apresenta como Passada, de modo mais simples sem giros, flows ou muita sensualidade. O samba e a capoeira são figurinhas carimbadas por aqui, mas nem todos desfrutaram de seus prazeres ainda. Algo que chama a atenção é a diferença do significado do termo Dança de Salão no país, sabe em que consiste? Ballet, Hip Hop, Jazz, Axé e também Valsa, Salsa e Samba Rock. Enquanto no Brasil encontramos Samba de Gafieira, Bolero, Soltinho, Tango, Zouk, Forró e diversos de outros estilos normalmente dançados em par. Outra particularidade é a ausência da disciplina de dança, música ou até mesmo artes no currículo escolar, sendo que esse respaldo só é transmitido aos alunos do ciclo básico de ensino (do 1º ano ao 7º) e mais no formato artesanato e desenho. Nota-se que existe interesse em oferecer oficinas à comunidade para suprir essa falta. O que talvez demore um pouco a ocorrer devido a necessidade em manter ao menos o básico do ensino com qualidade. As artes em Moçambique também são postas de lado no sentido que sua implantação pode servir como auxilio para desenvolvimento humano. A única grande escola voltada para a técnica e formação profissional de canto e diversos estilos de dança fica na capital Maputo, é de lá que normalmente saem artistas moçambicanos para o mundo com o objetivo de nos encantar e realizar seus sonhos.

(...) a cultura é vida. Viva a cultura popular!
(Placa de inauguração da Casa Provincial de Cultura Ibane - 1988)


Fabiana Aguiar

29/07/11

04h58 (São Paulo)

Moçambique é um país da África Austral, situado na costa do Oceano Índico, com cerca de 20 milhões de habitantes (2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tornou independente em 25 de Junho de 1975.
A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi descreveu uma importante actividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" (os negros) da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do actual Moçambique.
No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" de Moçambique (antes da escrita) por muitos séculos antes. Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história terá sido a fixação nesta região dos povos bantu que, não só eram agricultores, mas introduziram aqui a metalurgia do ferro, entre os séculos I a IV.
A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 - com a partilha de África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim - se transformou numa ocupação militar, ou seja, na submissão total dos estados ali existentes, que levou, nos inícios do século XX a uma verdadeira administração colonial.
Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975.

História de Moçambique Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Diário de bordo

Intercâmbio BRASIL X MOÇAMBIQUE

Segunda - feira 11/07/11 18h12min




Estamos acomodados no avião. É frustrante passar pela primeira classe, ver, ouvir, sentir e depois ter que fazer o mesmo, além de participar (kkk) da classe econômica, ou se prefirir, em outra linguagem economy class.
Passar em meio ao conforto, espaços amplos, poltronas amplas, macias, com suporte para as pernas, garçons servindo sucos, champagne. Me senti parte do elenco de uma das novelas das "8h" ou em um dos filmes de Holiwoody. As posturas, os olhares, bonito de se ver, lindo mesmo. Ah, e a gente? Professores lindos e corajosos na ansia de desbravar as fronteiras do saber? Olhando! (kkk). passamos a famosa "curtininha" (meu pai havia me explicado que é desta forma que a primeira classe é separada das demais e não no segundo andar como havia (ignorantemente) imaginado) então, a curtininha que o Rodrigo mencionou em uma de nossas conversas.

Acesso à primeira classe

Para entender melhor: "SARDINHA ENLATADA".

Mas, EU TÔ FELIZ DA VIDA! Cada imagem é um flexe.

Os dias que antecederam a viagem foram angustiantes, acredito que para todos. Imaginem somar os problemas do dia-a-dia de cada professor com semana de provas, apresentação do Projeto Brasil x Moçambique, Festa Junina, a fragilidade da saúde de alguns Professores e em seguida a viagem. Agitação total e stress pra mais de metro. Quando existe um planejamento o lado teórico "GRITA", mas a prática guarda muitas surpresa, as vezes boas outras nem tanto. O pioneirismo em qualquer àrea e para qualquer coisa guarda muitas surpresas. O Projeto que nasceu no SIMPÓSIO de 2010 com entre os professores Luciano, Ney, Gilson e Janet teve em seu desenvolvimento muitos altos e baixos. Mas, conseguimos! estamos aqui para mostrar que é possível.

Segunda - feira 11/07/2011 19h06 min


Acreditem, o voo está atrasadérrimo, ainda não saimos, apareceu um problema na portra da aeronave, é o que nos informa o piloto, que diga-se de passagem fala em inglês, bom, aqui todo mundo fala inglês ou espanhol ou a lingua do amor (kkk) francês. Enfin, consigo entender 30% do inglês. O bom da classe econômica é que nessa altura do campeonato todo mundo ao redor já é meio conhecido....quando não amigo de infância (kkk). Onde estou já conheci o Welton, a Camile, a Thaís (uma bebê que ri para todos, principalmente para a Noêmia), o papai da Thaís que faz as vezes de nosso intéprete quando a coisa complica e mais duas pessoas.

Camile, Eder e Thais no colo.

Terça - feira 12/07/11 08h25min (Johannesburg)

A essa altura do campeonato jantamos e caimos no soninho, o ar deu uma boa ressecada no meu nariz, o Luciano já roncou tudo o que devia, a Noêmia já mudou de posição "trocentas" vezes, minha perna esquerda junto com meu bumbum seguindo da coluna pediu socorro então precisei levantar e descobri que a barriga precisa de atenção, a Débora já estava impedida de colocar seu sapato, a Pri e o Ney, a princípio estavam bem.

Sabe o filme Cidade dos Anjos ? (adoror esse filme, mas a Bibi gosta mais) Então, imagina: silêncio (só o ronco do avião), luzes apagadas e de hora em hora você poderia ver pessoas ou em pé paradas no corredor ou perambulando com olhares vagos ou somente suas silhuetas, tal qual como os anjos do filme, muito bom. Cenário perfeito para um espetáculo de dança.

Bom, agora o Chris me deu um autógrafo, ele faz parte da legião de anjos que retornou ao seu lugar (kk).


Segundo a Noêmia: A reniti vai para o " saco ", mas acabamos de ser informada que falta pouco. Apenas 1h37min. A comissária de bordo acabou de nos saudar - Good morning e aproveitou para nos relatar o menu de café da manhã our breakfast. Graças a Deus o voo está ótimo.

A amizade que fizemos com o Welton, um gentil senhor que trabalha com minério nos rendeu muitas coisas boas, uma delas foi este texto do livro que nos emprestou para meditar e ajudar passar o tempo.

12 de Julho
A sociedade Espiritual
(Texto extraido do Livro: Tudo para Ele - de Oswald Chambers - editora Betânia pg 152.)

"Até que todos cheguemos... à medida da estatura da plenitude de Cristo." Efésios 4.13.

A igreja deixa de sser uma sociedade espiritual quando passa a visar ao desenvolvimento de sua própria organização.
Estou edificando o corpo de Cristo, ou estou interessado apenas no meu próprio desenvolvimento pessoal? O essencial é o meu relacionamento pessoal com Jesus Cristo - "Para o conhecer". Cumprir o desígnio de Deus significa uma entrega total a ele. Sempre que desejo coisas para mim mesmo, o relacionamento se disvirtua. Será uma grande humilhação descobrir que não tenho me preocupado em experimentar e expressar jesus cristo, mas apenas em desfrutar do que ele fez por mim.


"Meu alvo é o próprio Deus, não alegria, nem paz,
Nem mesmo as bençãos, mas ele próprio, o meu Deus."

Estarei medindo minha vida por esse padrão ou por outro inferior?


Escolhi este trecho por achar que tem haver com o momento que estamos vivendo.


Quarta - feira 13/07/11 01h19min (Maxixe)



Graças a Deus estamos super acomodados.

A casa que estamos faz parte do campos da Universidade. É limpa, tem o necessário para nossa acomodação, o chuveiro é quente e a cama é uma delicia.

Quarta- feira 13/07/11 16h28min (Maxixe)

Depois de levarmos 27 horas para chegarmos em  Maxixe... pois nosso trajeto foi de carro até o aeroporto internacional em Guarulhos - SP onde ficamos 3 horas dentro do avião, pois a  porta do mesmo apresentou problemas e não pudemos decolar as 18h30, mas só as 21h30, chegamos em Johannesburg por volta das 10h30min (Johannesburg) onde nosso amigo Dielton perdeu seu passaporte  que graças a Deus aos nossos anjos CAMILE, EDER E THAIS, foi encontratado, onde nos atrapalhamos devido a lingua (inglês total), onde quase perdemos o voo para Maputo que foi remarcado devido ao atraso em Guarulhos. 13h50min (Johannesburg) viajamos para Maputo onde presenciei a emoção da Noêmia e da Priscila ao ver o céu lindo.... estavamos na janela KKK....e onde tivemos que pagar U$$ 66,00 pelo visto....depois só mais 6h de viagem até Maxixe em uma estrada sem luz.... e sendo parados pela policia local....várias vezes...Enfim dormimos....

Quarta - feira 10h56min (Maxixe)


Acordamos pouco antes das 10 com o Luciano batendo na porta e a preguiça cravada na cama (kk) matamos o bicho (expressão usada para falar tomar café) com biscoitinhos caseiros, chá de rosas e café feito pelo Luciano. (ele ferveu a água e colocou na garrafa, o café é solúvel kkk). Bom, leite, margarina e pão caseiro também estiveram presentes no nosso desjejum.

E depois andamos, e como andamos seguindo a via principal, a estrada nacional, observando o povo e tudo em volta, tirando fotos regado pelas piadas do Luciano e bom humor do nosso amigo e guia Bento, a molecagem da Noêmia, o sorriso descansado da Débora, o senso político do Ney e com olhar terno da Priscila, até a Débora tirar foto da bandeira moçambicana que estava no prédio da delegacia e o policial chama-la para conversar.... Quase foi presa, mas como estava na condição de turista só levou uma bronca junto com o grupo e teve sua foto apagada (KKk).


Cabelos e vestimentas


Algo que chamou muita a atenção minha e da Noêmia foram os penteados, a criatividade e a beleza dos cabelos das mulheres de todas as idades. Todos são muito pobres realmente essa é a realidade do país, mas ainda não encontramos pessoas mal arrumadas e despenteadas.


Os cabelos veem como forma de identidade, particularidade de cada um. Eles são apresentados longos, curtos, cacheados, lisos, em tonalidades diversas, agora os desenhos são impares, foi possível notar ainda no avião os penteados das aeromoças, aliás diga-se de passagem, nunca vi tantos comissários de bordo negros juntos. Gostei, gostei muito. Massageou o meu ego.

As CAPULANAS são peças importantíssimas no vestuário das mulheres...como saia, adereços de cabeça, vestidos, adereços diversos...bolsas, carteiras, brincos, "cangurus" etc. Que combinam com saltos, sandálias, sapatos... Para os homens notamos a presença fortíssima dos blazers, calça jeans (as calças fazem parte do vestuário feminino a pouco mais de dois anos), sandálias, sapatos, tênis etc. E o mais interessante os moçambicanos são pessoas discretas, pois é notório a ausência de decotes, fendas, peças curtas ou muito justas ao corpo, adivinhem só...eu e a Priscila optamos por não usar algumas de nossas roupas por perceber que fugiam dos padrões da moral e dos bons costumes aqui. Mas, todos do grupo concordaram que independente da classe social todos são muito elegantes e vaidosos.

Terras e ares africanos








Faltando 1h37min para a aterrisagem em Johannesburg foi que percebi que já nos encontrávamos nos céus africanos. Que emoção!

Apenas duas coisas passavam pela minha cabeça: pedir ajuda para o Eder e a Camile afinal de contas eles falam fluente o inglês e nós não, além de nós termos perdido nosso voo, e beijar o solo africano por mim e por minha mãe em nome do amor e respeito contido em nós. A sensação foi maravilhosa.

Nessa altura da viagem a união do grupo ainda estava estremecida.

Preocupados com as bagagens, com o voo perdido devido o atraso de 3 horas em São Paulo por conta da porta do avião com problemas, nos deparamos com mais um problema...O Dielton perdeu o passaporte...foi como se o mundo todo girasse ao nosso redor sem parar... e procura daqui e de lá... fala com os funcionários e com a policia... em meio a isso ainda recebi uma super paquerada do atendente Sami...(kkk) Minha resposta? "I have boyfriend" ( e dessa vez não foi invenção). Mas, Deus ajudou, alguém achou e devolveu no achados e perdidos. Imaginem a emoção...Houve choro...e muitos agradecimento...Além de ter sido o momento mais tenso da viagem também foi o mais comovente.

PS. Sem o passaporte não existimos fora do Brasil. Por isso que sigo fielmente a recomendação dos meus amigos Adriana e Marcelo diretores da escola de inglês Memphis, sempre ando com o meu colado no meu corpo.

Durante nossa viagem para Maputo conversávamos sobre a inteligência do ser humano, pois o avião, realmente encanta... Foi muito encantador ver a Noêmia sentando na janela e vendo as nuvens pela primeira vez...Foto, Foto, Foto...Esse foi um momento que valeu a viagem.

Ao chegar no aeroporto de Maputo, ao sair no hall do aeroporto e visualizar tantas pessoas negras... foi diferente para mim... Depois quando encontramos nosso novo amigo Bento entramos no carro e enfim adentramos a cidade...também foi bem diferente... muitas pessoas negras...nos carros, nas calçadas, nas precárias vans, os policiais, e nos outdoors....espalhados pela cidade... em tudo todos são negros...Visualizando com olhos poéticos...me senti em casa...e de novo meu ego recebeu um afago...de estou no país das maravilhas... Até o cheiro de Maputo para mim foi diferente...

Seguimos 6 horas de viagem em direção a Maxixe no escuro... e olha que o motorista "sentou o pé", no escuro... Achei o máximo!

Chegamos com chuva na casa paroquial onde encontramos o Padre Ezio e o Padre Aldair que nos esperavam com bolo, refri, biscoitos, chá...para só depois sermos encaminhados para "nossa" casa, onde dormimos feito pedras.

PS. Sem malas.



Quinta - feira 21h22min (Maxixe)



O clima do grupo ficou um pouco tenso hoje em alguns momentos, o que podemos chamar de Momento BBB - Big Brothers Blacks (kkk), sim pq a sensação que temos daqui do outro lado do atlântico é essa, aprendendo a conviver com as diferenças de nossas próprias culturas, vivendo conflitos internos e a espera...sempre... seja pela mala, seja por uma comunicação com a família e amigos, seja pelo trabalho que deveremos entregar, seja pelo cronograma do dia seguinte, seja pelo retorno... E pensamos o que estão fazendo lá do outro lado? Olhar o oceano índico ora é fascinante ter a oportunidade de vê-lo, toca-lo, congela-lo através de nossas lentes fotográficas ou na mente, ora nos faz recordar o quão distante estamos dos que fazem bater os nossos corações...Acredito que isso tudo se intensifica na hora que temos que voltar para "nossa" casa e vemos que teremos que colocar de novo a mesma roupa...Aí pensamos: Limpos, porém os mesmos...(kkk). Bom, resultado EXPLOSÃO. De maneira mansa, educada, fina...Mas, não tem jeito o corpo acaba falando e se rebelando. Mas, relaxe nada que faz acabar com a amizade, mas nos leva a reflexão constantemente.





PS. 5 dias sem malas...

Sexta - feira

Hoje foi um dia de muita emoção, visitamos as escolinhas da Sagrada Família. Foram no total 4 escolinhas que atendem crianças de 3 a 5 anos aproximadamente. Detalhe fomos até elas da maneira mais comum que tem para andar por aqui...na caçamba de um carro... um carro como um furgão... Foi estranho... E quão lindo foi quando chegamos na primeira escolinha e fomos recebidos por todas as crianças, monitores, cozinheira, coordenadora cantando a canção de boas vindas. Nunca pensei que um dia estaria eu do outro lado da moeda...Eu sempre estive no lado de organizar e animar as crianças junto a outro educadores para receber as visitas estrangeiras...com músicas, danças...dinâmicas... E olhar tudo aquilo que prepararam para nós... Me fez ver o quão importante é essa acolhida...ainda agora digitando essa história chego a me emocionar... Pois é... a emoção de cda um de nós foi impar... Eles cantaram, dançaram...de uma simplicidade linda...Nós tiramos muitas fotos...filmamos. E enquanto registrava chorava, chorava e chorava... encantada pelo momento, pela a oportunidade única e maravilhosa, por tudo que passamos para estar ali... por tudo o que eles passam diariamente... por toda aquela inocência... Sei lá pq mais... Só não conseguia me conter...

Assim foi nas demais escolinhas... Visitamos então suas salas de palha com esteiras no chão ou bancos de tábuas, até encontrarmos uma com carteiras , com suas cozinha ora com fogão de lenha, ora como fogueira, por ser Sexta -feira em uma teriam um delicioso prato: arroz com feijão.... Ficamos com muita vontade do feijão...Estivemos a sentir saudades desse danado que por aqui é como mistura.

E enfim, dançamos com eles todos... uma música todos tinham em comum...

Posso gingar?

(ginga!)

Posso gingar?

(ginga!)

Assim, assim?

(êpa!)

Esse é meu estilo!

(êpa)

Ele não aguenta!

Todos nós dançamos, TODOS, até a DÉBORA...Gingou bonito a nega...Foi um momento muito bonito e prazeroso...Que foi desaguar na casa paroquial comendo pizza, arroz e feijão e degustando um tesouro da região...AMARULA. Batemos papo, demos rizadas e cantamos com o Tio Luciano...(kkk)Depois adivinhem só...enquanto nós fomos conhecer o comércio local na tentativa de comprar lembrancinhas com a Irmã Vitória, os guapos, os rapazes foram buscar junto com Padre Adailton nossas malas que haviam chegado no aeroporto de Inhabane.

Nosso tour pelo comércio...fez todos perceberem que EU e DÉBORA estamos a fazer sucesso entre os Moçambicanos....(kkk)...A Priscila e a Noêmia são muito branquinhas...são MULUNGOS.

Na volta quanta emoção em nossas malas...foi um tal de gritar, pular...rir (kkk). Bom, os meninos como bons cavalheiros...saíram em busca da internet e nós Ladies... em busca da beleza... Cada uma levou aproximadamente....30min...no banho...




















Agora estamos todos limpos...bonitos... cheirosos... e CALMOS... (kkk) E a Débora com seus remédios... O Luciano dormiu de pijama... para mim e para a Pri ele parece o João quando crescer, só que de pijama...(kkk).

E hoje tem BALADA!

Se é para cada um pesquisar, intercambiar na sua area... eu também tinha que estar em contato com a minha... Bom, Luciano, Ney e Noêmia deram pra traz...

Sábado 01h38min (Maxixe)

Acabamos de chegar da "BALADA" , eu, Débora, Priscila e Dielton (o agregado kkk), junto com nosso anjos escodeiros Bento, Mathe e o Padre Domingos. Ouvimos muito Halls europeu e africano, um pouco de Zouk que aqui atende pelo nome de passada. Também tive a oportunidade de dançar o Zouk africano que realmente é bem diferente do que é dançado no Brasil.

Infelizmente não foi possível completar a ligação....(kkk) Ops, continuar minha pesquisa, pois meus acompanhantes não estavam a aguentar, já estavam desanimados antes mesmo de ir, só foram por consideração, primeiro aos meninos e ao Padre, depois a mim. Entretanto, antes fizemos um social antes em um bar e depois visitamos 2 lugares...O legal é que fomos para a balada de furgão...(kkk). Mas, sabe o que importa? EU DANCEI, dancei mesmo e queria ter dançado mais. Segundo o Mathe...A danceteria melhor que se tem por aqui fica em Inhambane...








Nesse baile pesquisa me sente super protegida, como meus amigos não dançam ficaram em pé...esperando, as vezes mexiam os ombros...ou balançavam um pouquinho o corpo, mas esperavam ansiosos pela hora em que eu dançasse um pouco para podermos ir embora... Imagina a cena.... (kkk) Mathe e Bento dançando comigo de modo a me fazer companhia, enquanto longos olhares de curiosidade nos fitavam...dava friozinho na barriga, agora por onde passam os mais "claros" do grupo sempre tem alguém a gritar ou falar: MULUNGO, MULUNGO, MULUNGO... (kkk) Expressão usada para denominar homem branco.

Sábado 22h36min (Maxixe)

Hoje o dia foi bom, mas talvez não tão proveitoso do ponto de vista de pesquisas intercambistas por parte de alguns do grupo. Eu? ADOOOREI!

Visitamos a praia do TOFO....Um lugar magnífico, de areia fofa e clara, de água salgada (kkkk) clara...se mistura com o céu nas fotos e limpa. A praia é muito linda...e limpa...E como estamos no inverno... só dava mulungo na praia (kkk) e pra ajudar choveu....(kkk), mas até parece que uma chuvinha iria nos tirar do mar...pelo menos eu e o Di não...! A gente "sempre" "nada" no oceano atlântico...tínhamos que experimentar as águas do Índico. Acabei me machucando... (KKk) Também dois bobos juntos na água só podia dar nisso... Mas foi bom demais da gota! Almoçamos... e... compramos algumas coisinhas.... Aqui... próximo aos comércios me sinto uma popstar...(kkk) Acho que nunca fui tão assediada....(kkk).



Domingo 14h05min (Maxixe)

Alguns dormiram muito essa noite devido o cansaço e a tranquilidade em falar com a família como é o caso do Luciano que só tem falado da família... E ter conseguido se comunicar com a esposa e os filhos foi o melhor que lhe aconteceu por aqui, já o Ney, outro que também tem demonstrado muita saudade de sua família...já não conseguiu dormir direito... Preocupado com a mãe que se submeteu a uma cirurgia, segundo ele viajou sem que soubesse disso, foi pego de surpresa...está muito triste e preocupado. Os demais, adivinhe....dormiram, dormiram, dormiram.... Quase perdemos a missa... Que foi linda!

Missa

Que missa deliciosa!

Sim, deliciosa, eu a degustei do início ao fim, e acredito que não só eu, todos... Principalmente o Lu que adorou a pregação do Padre Domingos. Sou católica e é estranho dizer isso, mas já FUI praticante também... (bem estranho... escrever, pensar assim), mas eu trabalho com a verdade... O fato de participar da missa de hoje, tão esperada por mim me fez recordar de pessoas, momentos preciosos dos retiros com Irmãs queridas e Padres adoráveis, fora vários religiosos, os conselhos que recebi, os amigos que fiz, as músicas, as brincadeiras, os testemunhos... Na verdade estou assim desde o dia que o meu namorado me falou que foi a missa. (algumas pessoas me entenderam kk)

Enfim, uma missa simples e igual as nossas dentro da cultura moçambicana e dentro desse quesito podemos ouvir a beleza vinda da liturgia....as músicas... cantada por um coral belíssimo que conta com o apoio de um maestro e acompanhada por jovens tocando "Batuque" (instrumento músical percussivo parecido com o atabaque). O ápice foi o momento de Ação de Graças. Que coreografia! Simples, mas somando os elementos música, sotaque, dança, o colorido das capulanas, jovens e senhoras dançando juntos.... Aproveitando para comemorar o aniversário da Irmã------------... Vira um espetáculo...E no fim da missa como já esperávamos fomos apresentados para a assembleia...Momento único...Aqui não é missa AFRO, é apenas missa...Já pensou?

PS. A missa teve duração de 2 horas.

Domingo 21h56min (Maxixe)

Caramba, olha que bacana! Tivemos no almoço MANDIOCA FRITA heheheheeh (kkk) e na janta repetimos essa delícia... Bom, após o almoço pudemos tirar uma soneca... Menos o Di, que resolveu lavar roupa... Sempre que ele some está lavando roupa...(kkk). O dia esteve chuvoso o dia todo, quer dizer de repente chove, de repente o sol fica super forte...mas, predominou a chuva...Mesmo assim visitamos a comunidade de Monguê, lugar onde iniciaram os trabalhos de implantação do catolicismo pelos Jesuitas em meados de 1.800...Vimos lugares em ruinas e visitamos o Pároco Padre Vitório. A beleza do lugar chega a ser inexplicável... Tudo a beira mar onde Deus resolveu nos presentear com um colorido arco-íris... Um não, dois....(KKK). Andamos de carro, o Padre pagou uns refrigerantes... Ah! E vimos um Baobá... Além de muitas conchas, siris, caranguejos etc.

Também hoje a luz foi e voltou em "nossa" casa...O Ney colocou até músicas sertanejas para ouvirmos enquanto o Luciano tentava lembrar alguma piada... tudo a luz de celulares e notebook....Para que velas? (kkk) A Débora e a Priscila enquanto isso foram estourar pipoca... As "bichas" da Débora já estavam loucas... E no regresso para casa (a outra cozinha fica um pouquinho afastada) a Pri e a Noêmia fizeram cocada com o leite condensado que a Débora com suas " bichas" resolveu pedir para Arneta nossa cozinheira.(KKK).

Hoje é mais uma noite de trabalho aqui....Intercâmbio significa FEEDBACK.

PS. Todas as nossas noites são para reflexão do dia que tivemos e coleta do material observado, assim construimos no coletivo a nossa pesquisa.



By Noêmia

"Participar deste Intercâmbio Cultural tem sido a realização das promessas de Deus em minha vida.

Estou aprendendo muito com esta experiência tanto na minha vida profissional quanto pessoal. Um dos valores que carregarei a partir de hoje é a valorização das coisas mais simples da vida, tais como: ouvir a voz da minha mamãe, sentir o perfume da pessoa amada, ver meus sobrinhos brincando, encontrar meus amigos, observar as pessoas falando o meu idioma...

Enfim, estou muito feliz em estar aqui, mas também muito ansiosa em voltar para minha pátria amada e abraçar toda a minha família”.



By Priscila

“O fato mais interessante tinha sido a visita nas escolinhas, um povo carente, mas cheio de esperanças, porém hoje ao ver o arco-íris em um lugar tão lindo foi único”.

"Enquanto houver arco-íris é sinal da aliança de Deus com seu povo".


By Dielton

“Nossa! Falar sobre este Intercâmbio está sendo o máximo, e detalhe as pessoas que aqui estão na África comigo, a maioria, conheço a pouco tempo, porém já fazem parte da minha vida, afinal nesses 8 dias que passamos juntos já vivemos várias aventuras divertidas, outra emocionantes, outras enjuantes como quando comemos aquele vorce (hum...). Enfim, dentre todas essas histórias eu tenho que citar quando perdi o meu passaporte em Johannesburg. Gente, tenho que falar: Eu morri de medo de acabar ficando em um país em outro continente, por sinal muito longe do Brasil e que ainda tem outro idioma, mas graças a Deus que eu encontrei pessoas que me ajudaram dando maior apoio como os professores da Escola Sagrada Família que também estavam viajando para Moçambique, recebi também ajuda do Eder e da Camile, um casal de brasileiros que estavam viajando para Hong kong com a sua filhinha Thais, eles me ajudaram a me comunicar com as pessoas no aeroporto, pois majavam muito de inglês e claro que eu não poderia esquecer da moça loira funcionária do aeroporto que graças a Deus e depois de muita procura encontrou o meu passaporte...O momento foi tão emocionante que eu ajoelhei no meio do aeroporto para agradecer a Deus e comecei a chorar de alívio e ela com todo carinho veio e me abraçou também ao me entregar o passaporte. Infelizmente não deu tempo, mas se Deus quiser a procurarei e tirarei uma foto! AH, Detalhe! Eu ia esquecendo de mencionar que eu não havia trocado o meu dinheiro para dólar e aqui em terras africanas eles não trocam e nem trabalham com o REAL, então imaginem o tamanho do meu problema...Mas, enfim, estou aqui na África vivendo esse momento lindo!!! Graças a Deus, a intercessão de Maria e a esses anjos que Deus colocou em minha vida. I LOVE ÁFRICA!”





By Débora

“África... Nunca pensei em estar aqui e cá estou eu num lugar que odiei assim que cheguei e depois passei a gostar logo que comecei a me interessar.

Ao longo dos dias fui percebendo como nós brasileiros de certa forma temos tudo ao nosso redor, desde uma simples padaria ao mais sofisticado Shopping Center. E aqui o temos? Muita pobreza, mas um povo feliz que canta, dança, se veste muito bem e se alimenta mal.

Enfim, todos nós somos presos pelo capitalismo, mas adoramos o nosso país. Então eu Débora carrego como experiência a valorizar mais e prestar atenção nas coisas mais simples”.


segunda-feira 18/07/11


Hoje foi um dia interessante, pois revimos o mesmo lugar (kkk)...a Universidade...a cara de todo mundo foi hilária, esse foi o primeiro lugar que visitamos e conhecemos sala por sala assim que chegamos aqui...rever tudo de novo em um breve espaço de tempo foi interessante, como digo nada acontece por acaso e de tudo temos que tirar proveito, aproveitamos para ver os detalhes, coisas que tinham passado desapercebidos por nós. Bom, vimos que a universidade tem uma sala de informática direcionada aos alunos e também para a comunidade e para que isso flua é cobrado um valor simbólico o qual é utilizado para a manutenção dos aparelhos, também conhecemos a linda sala do Diretor Doutor Ézio (A Débora se sentiu sentando na cadeira do “poder”...kkk), o acesso para os fundos e uma observação foi feita por nós que julgo de suma importância...vimos algumas vasilhas de barros lindas a decorar o jardim da universidade, mas sua beleza ficou a desejar pelo excesso de água parada em cada uma delas, um grande foco para mosquitos e cia. Levantamos essa observação e percebemos que eles não conhecem os métodos básicos de prevenção contra o mosquito foco da dengue e da malária que é doença comum e perigosa em Moçambique, então aproveitamos para dar dicas como: colocar areia nos pratinhos de plantas, não deixar qualquer tipo de vaso ou vasilhames com a boca virada para cima esposta ao tempo etc.

Depois, tivemos algumas horas para relaxar e conhecer um pouco mais a cidade, aproveitamos para comprar feijão, a saudade dele apertou então a gente apelou. (Ih rimou! kkk)

E adivinha tivemos um jantar tipicamente brasileiro. Débora, Priscila e, para minha surpresa, LUCIANO...Fizeram a janta, arroz, feijão, batata frita, frango e salada...Mas, claro que a Arneta (nossa amiga e cozinheira) não deixaria a cozinha sozinha né. Comemos, comemos, comemos...ô pretinho gostoso é o feijão!

Depois da saudade matada...foi hora de trabalhar, afinal teremos apresentação na Universidade amanhã cedinho, às 8h. Entre vídeos, Cd e dança conseguimos nos organizar.

terça-feira 19/07/11

Chegamos cedo na Universidade levados por uma grande ansiedade e muita dor de barriga (kkk) a união do feijão da noite anterior com a ansiedade em apresentar nosso produto de intercâmbio não deu muito certo, mas como a essa altura já estávamos bem mais unidos isso não foi problema, conseguimos contornar.

Nos deparamos com um pouco de despreparo por parte do nossos amigos da Universidade, pois não tivemso tempo ábil para organização da sala, retroprogetor, amplificador de som, bandeira do Brasil froram colocados a medida que a equipe se apresentava. Mediante a essa situação todo nosso planejamento e o famoso CRONOGRAMA (Imaginem a Débora falou essa palavra o tempo todo durante a viagem...ai, ai, ai!kkk) foi alterado para o desconforto de todos nós...Percebi o quanto estamos condicionados a organização, gente percebi que até eu sou bem organizada...(kkk) Adorei! Mas, como o trabalho em equipe já estava fluindo (Graças a Deus) usamos o PLANO B (que não existia até então...kkk) E olha, modéstia parte nos saimos muito bem...Fizemos duas apresentações, uma para os estudantes do curso de Licenciatura que ficaram estarrecidos com a minha idade e apaixonados pela criatividade na didática de ensino infantil apresentados através dos livrinhos e os demais artigos trazidos por nós e elaborados pela lindas Professoras e Monitoras de nossa escola, resultado fizeram uma rodinha em volta da Priscila e da Noêmia e outra para adolescentes da Pré-universitária (Ensino Médio aqui), bom, nesse adivinhem...houve uma troca no intercâmbio Cultural organizado pela coordenadora Ana Maria que também é cantora e tem um Grupo de Dança atuante em eventos na região....Ela cantou e junto com alguns dançarinos dançou para nós...Para mim foi o que há de melhor em viver e ser. Muito gratificante, muito maravilhoso! Gente alegre e artista...como é bom encontrar pessoas com alma de artista, não digo só em ser, mas ter a alma como. Para isso não existe fronteiras, digo o mesmo da alma do Math. E adivinha como terminou? Em SAMBA claro, quem disse que tudo se termina em pizza? (kkk) Desenvolvi junto a alguns estudantes uma demonstração de aula de samba e depois dançamos eu e Ana Maria. ADOOOOOOORO!

Ao término de todo esse CALOR artístico lusofono aproveitei para “trocar figurinhas” com a Ana Maria, que agora ousa em chama-la de PARCEIRA. De acordo com nossa conversa acredito que o futuro nos espera. Ana Maria se apresentou sendo uma pessoa com uma mente sagaz e com muita vontade de fazer as coisas acontecerem...Segundo ela está em busca de uma “FABIANA” para desenvolver trabalhos de dança por lá. (Ui...kkk). Nas escolas não encontrei nenhum trabalho intenso voltado para as artes como aqui e também definitivamente não existe disciplina de Dança no país. De acordo com as informações cedidas pela Ana Maria, quando questionei sobre Lucrécia Pacco (Atriz, bailarina que esteve no Brasil na mesma época que se sucedeu esse Intercâmbio), existe uma grande escola de canto e dança que fica situada em Maputo (Capital do país), lá trabalha-se com um vasto repertório de danças de modo a formar profissionais, esse é o lugar de onde saiu e saem artistas tão bons como Lucrécia para fazerem shows pelo mundo. Achei interessante a visão da nomenclatura da Dança de Salão aqui, sabe em que consiste? Ballet, Hip Hop, Jazz, Axé e também Valsa, Salsa e Samba Rock. Enquanto no Brasil encontramos Samba de Gafieira, Bolero, Soltinho, Tango, Zouk, Forró etc.No fim de nossa conversa fui surpreendida com o carinho transmitido através de um lindo colar de presente, segundo o Padre Fausto o material utilizado para a confecção foram as garras do caranguejos.

Nessa altura todos haviam sumido, pois é, nosso último dia em Maxixe...Adivinhem todos em busca das lojinhas que aqui são dominadas pelos indianos, chineses e libaneses, os donos da terra, em sua maioria são camelõs no comércio local, acredita?!!

Passei mal de novo, pois é esse foi o terceiro dia que me sentia super indisposta no final da tarde, muita dr de cabeça, sençassão de febre, um pouco tonta...à espera dele fique na sala dos professores, na tentativa de continuar a postar nossa viagem pelo blog, mas o máximo que consegui foi ver alguns e-mails e responde-los, não tinha forças para mais nada, justo eu que briguei por ter mais tempo na net para poder transmitir nossa vida aqui...agora tinha todo o tempo do mundo...Mas, não tinha forças...fiquei ali ouvindo os professores falar em inglês com um amigo ao mesmo tempo que atende o telefone e responde em português e brinca com a criança falando em dialeto Guitonga ou Zulu... Imaginem minha cabeça...até que todos chegaram...Fomos para casa, tomei remédio...deitei...só para relaxar e fomos ter nosso último jantar na casa paroquial...E que jantar!!! Huhuhu

O jantar foi bem agradável, sentei próximo ao Padre Fausto, foi o dia que fiquei mais próxima dele e percebi...que ele é bem LEGAL. (KKK) Foi nesse jantar que soubemos que o Padre Ézio é vegetariano e que com certeza sentiria muita saudade do Math e do Bento. Após o Jantar o grande momento...a entrega dos certificados tendo no fundo a bandeira do Brasil localizada na sala das irmãs...E foto, foto, foto... O Bento e o Math nos acomapanharm para casa e o clima de despedida pairou em nós. Até a volta!

Quem não tinha a mala arrumada ainda...foi logo se aprontar pq cedo partiriamos de volta ao lar, mas com uma rápida escala em Marracuene. Na minha mala só faltava um punhado de areia do nosso quintal (pedido da minha mãe) como recordação de uma terra onde nós temos raizes.

Confissão do Lu

quarta-feira 20/07/11

Depois do adeus a Arneta e família partimos para Marracuene as 6h30 levando o Professor Artemísio junto...Enfrentamos mais ou menos 6h de viagem pela estrada nacional (a única rodovia e via de acesso asfaltada do país). Durante a viagem fomos parados algumas vezes pela polícia rodoviária, nosso motorista parou outras duas vezes, uma para que podessemos usar o banheiro e outras duas para comprar. Quando não estávamos dormindo ou nos queixando das dores no “bumbum” e nas pernas ou ainda falando besteira e rindo muito estávamos tirando foto de tudo, registrar é muito importante, por exemplo: registramos a única faixa de pedestre que conseguimos encontrar, registramos (só que na memória, pois foi muito rápido) algumas vacas que encontramos...Levei até susto ao encontra-las, registramos a venda de mantimentos na beira da estrada e a beleza de ver o mar de lá...Tendo nosso estomago massageado pelos biscoitinhos caseiros da Arneta.

Chegamos a Marracuene e o que vimos, a príncipio foram crianças, muitas delas, brincando, correndo, estudando e muito curiosas com a nossa chegada. As primeiras boas vindas foram dadas pelo Irmão--------------, que acabamos confundindo-o com um Padre, talvez por causa da barba grande e branquinha, alguns jovens por sua vez, gentilmente levaram nossas malas para o local de nossa instalação...Outra casinha, mais ampla, bem confortável e dessa vez o Dielton ficou com a gente, sim pq ele foi contemplado para estar lá. Padre Jean Marco, pároco do lugar nos apresentou aquele lugar mágico, sim, um orfanato, uma escola secundarista, um seminário, uma escola infantil, todos dividindo praticamente o mesmo lugar, sendo um bem próximo ao outro...É magia ou não é?

Acredito que o que mais nos chocou foi ver as condições da escola do governo, onde toda destruida e sem condições de uso ainda é usada para dar “educação”, para isso é necessário sentar no chão e fingir que está tudo bem.

As árvores em frente a igreja que demonstram a participação dos portugueses na colonização desse lugar formam um corredor maravilhoso.

Agora a mesa posta na casa paroquial entrelaçando as culturas italiana e moçambicana com a presença do pão, dos tomates inteiros, queijos, mandioca, polvo, arroz, feijão, vinho e o suco do Padre Franco (kkk) Causa uma interessante salada cultural não?

A internet aqui é precária, não há exceto na casa do paroquial onde cada um pode rapidamente ver seu e-mail e falar com a família e onde eu descobri que meu pai derrubou parte da parede da nossa varanda quando bateu o carro.

Enfim, após o almoço fomos intercambiar com os professores da escola. Em um bate papo trocamos informações sobre nossas realidades educacionais ao redor da imensa mesa da imensa sala dos professores. Foi o bate-papo que, talvez mais nos fez refletir sobre o nosso eu profissional. Será que somos professores ou estamos professores? Será que usamos de forma consciente toda criatividade evidente em nós para exaltar a nossa didática, capacitar nossos alunos e valorizar nossa disciplina?

Depois disso só voltando a “nossa” segunda casa para relaxar, pensar, banhar. Bom, encontramos outro dilema....Ir ou não ir ao safari? Eis a questão. Bom, antes todos iam, depois não iam mais, entretanto os lugares que nos apresentaram eram inviáveis, mas logo outro nos colocaram, aí todos resolveram ir, depois metade não concordou e uma questão aflorou: Será que é inviável para TODOS mesmo?

Então, o Padre Jean decidiu e nos apoiou foi assim que decidimos ir ao safari nessa noite de 20 de Julho. Antes, porém acatando um pedido do irmão Jacinto eu fui cantar, eu, Dielton e nosso querido violonista Luciano tendo Jacinto no Batuque. Fazia tanto tempo que não cantava músicas sacras...Muito bom! Fizemos da varanda da casa paroquial um lugar de louvor. Continuamos depois na “nossa” casa por mais um tempo, mas precisavamos nos recolher cedo pois tinhamos um último compromisso na África: HUHUH IR AO SAFARI HUHUHU Para a “desangustia” do Ney que não falava de outra coisa.



Quinta-feira 21/07/11

Às 3h da manhã o Juninho (amigo e ex-Professor de música da escola Sagrada Família)começou a cantar, sim pq o despertador do Dielton, pelo menos durante a viagem foi a Banda Arcanjos cantando------------- e eu prontamente levantei acordei todo mundo e quando todos estavam quase prontos, adivinhe o Dielton e o Luciano estavam atrasados pq o Ney que disse que os acordaria, adivinha...

O caso é que às 4h estávamos na frente da casa paroquial como o combinado a espera do nosso guia e motorista Xavier. Detalhe não matamos o bicho, mas levamos biscoitinhos.

Estava um frio...

Duas horas de viagem depois estávamos na fronteira Moçambique-África do Sul... Aí foi um tal desce do carro, sobe no carro, desce do carro, sobe, mostra o passaporte, mostra de novo, mostra outra vez... Ainda não havia passado por essa experiência...passar por uma fronteira...nem para o Paraguai (kkk), isso me fez pensar em tantos que tentam atravessar ilegalmente e morrem, me relembrou a novela global América que no meio de sua trama pontuou esse tema sobre as pessoas que tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos da América, também meus amigos que ao entrar LEGALMENTE em outros paises foram deportados...E mais tarde fiquei sabendo que existem também por aqui muitas outras pessoas que tentam entrar na África do Sul e morrem, só que aqui a “parada” é outra. Eles tentam entrar pelo território do SAFARI e muitos morrem atacados pelos leões. Acreditam?

Chega de história, o fato é que passamos, graças a Deus, e constatamos que apesar da proximidade dos dois paises muitas coisas os difere isso é notório a começar pelos banheiros, claro que eu precisei visitar os dois...(kkk) não por pesquisa, por necessidade mesmo (kkk), as ruas asfaltadas, as roupas das pessoas, os cabelos das mulheres, a lingua mãe que na África do Sul é o inglês, a fachada das lojas, a estrutura das casas, a moeda...Enfim, para ser mais clara Moçambique aos olhos nus e crus parece, a velha história, o primo pobre e a África do Sul o primo rico.

Agora o que é participar de uma aventura dessas?...um SAFARI... Isso, para todos nós (menos para tia Débora que havia participado de uma experiência semelhante no Pantanal), era coisa de filme de Holliwoody como Shenna, a rainha da selva (Adoro esse!) ou Indiana Jhonnes, ou outros que a Priscila lembrou, mas que sempre acabam em desastres (credo!kk), E cá estávamos nós bravos e destemidos professores no sul do continente africano prontos para mais uma pesquisa, tudo em prol dos nossos amados alunos (gostou?), munidos de óculos, chapéu, botas (as botas sob orientação do Ney) e câmeras. Realmente foi tudo muito lindo, diferente, envolvente, misterioso... O crocodilo se escondeu da gente, mas os cervos...cada movimento foi um fleche, existem muitos, machos (com chifres) e fêmeas (sem chifres) grandes, pequenos, atravessando as vias, nas beradas delas, esondidos (os mais tímidos), posando para foto (os mais estrovertidos) kkk, e depois de muito tempo...muito tempo depois... A Dona girafa linda, elegante, esguia, as vezes parada como uma estátua, outras comendo as folhas nos topos das árvores ou “sem” pescoço (kkk), só com o bumbum para cima ou até só a cabecinha por cima dos arbustos ou dando um susto no Luciano que acabou assustando todos nós que estavamos meio adormecidos (kkk), ops mais alguns cervos, mais alguns e mais alguns....muito, muito, muito muito tempo depois os búfalos, uma manada deles, depois adivinhem só... os mais pesados daquele reino...Os elefantes um grandão, um grande, um médio, um quase médio, um pequeno e um pequenino (kkk) e como toda família, sempre tem um adolescente para contrariar a família. Lá se ia a manada atravessando a rua, o adolescente adivinha...ia depois, bem depois (kkk). Tinha até elefante comendo tronco de árvore. Muito tempo depois...nos rendemos no silêncio daquela reserva, dormimos (kkk). Menos o Ney (kkk) e o Luciano que nos acordou para vermos o hipopótamo desconfiado que nos olhava de canto de olho. Olha só um jacarezinho, uma tartaruga, três tartarugas (imóveis como estátua kkk), e pássaros, vários, cada um mais lindo do que o outro, havia um branco com bico cumprido e laranja, outro com penas em um azul-marinho cintilante e vários outros.

Lembra do mata bicho que não houve? Estávamos tontos de fome e com vontade de visitar a casa de banho (banheiro). Então paramos para comer e nos organizar foi aí que nos deparamos com uma loja. “Havia uma loja no meio do caminho, no meio do caminho havia uma loja” Foi aí também nessa hora que eu percebi que SIM, EU SEI FALAR INGLÊS! (ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA, ALEEEEELUIA!!!!! KKK) Outra coisa diferente, entender a nova moeda que estava na nossa mão o danado do REND (moeda sul africana).

Nossas moedas

Nos deparamos no decorrer da viagem com 5 moedas diferentes:

Dollar (americano) U$$

Euro (europeu) E

Metical (moçambicano) MT

Rend (sul africano) R

Real (e o nosso velho conhecido brasileiro) R$

Mediante ao Real o Dollar custa R$ 1,60, o Euro custa R$ 2,30, Metical custa R$ 0,05, o Rend custa R$ 0,20.
(valores aproximados).      

Pois é, fizemos todos os cálculos possíveis e imagináveis, fizemos não, fizeram (eu trabalho com a verdade) a Noêmia foi a primeira FERA do grupo, depois veio o Ney e a Débora tentou acompanhar, eu até tentei, mas desisti, nesse dia minha cabeça realmente doeu de tanto fazer conta (kkk), literalmente falando.

Imaginem a sensação em estar em um restaurante/loja no meio de uma reserva florestal. Muito bom.

Voltamos para o carro com um objetivo: Achar o leão (kkk), procuramos entre os arbustos e nada. Olha o que encontramos...mais cervos, mais girafas, mais elefante, mais búfalos...uma família maravilhosa de macacos em busca da água da lagoa (me senti no filme Rei Leão, mas o Simba não apareceu) Sabe o crocodilo? Então, acho que os dois são amigos e decidiram não aparecer para gente. Segundo o que eu e a Noêmia imaginávamos o que faltou foi ação (kkk) pensavamos que os animais iriam subir no carro, nos amedrontar, cercar nosso carro...nada...os animais foram bem sociáveis...Ah e as botas? Pois é, eu e a Débora não entendemos o porque das botas até agora. Mas, mesmo assim foi um sonho.

Na volta passamos próximo de onde Samora (amado pelos moçambicanos) morreu em um desastre de avião.

Como demoramos a voltar acabamos perdendo a hora da janta na casa paroquial, já tristes pensamos que iriamos dormir com fome ou comendo biscoitinhos com a carinha dos meticais (kkk), mas quando o Padre Jean Marco surgiu para saber do passeio e nos perguntou se estávamos com fome, já imaginem o que aconteceu...(kkk).

Esse foi outro ponto interessante da viagem se em momentos estávamos super- educados em outro não podiamos nos conter o corpo não deixava e a mente agia, fortemente, sobre nossas reações. (kkk)

Nessa noite já senti falta da África, dos amigos que aqui fiz, era algo tão distante dos meus dedos e agora tão real que podia tocar e horas depois não poderia mais. Vi o e-mail do querido Padre Roberto Maver e me tranquilizei. Fomos dormir felizes na certeza de missão cumprida e na certeza que em breve estaríamos com aqueles que fazem bater nossos corações.

Sexta –feira 22/07/11

É hora de dar tchau! É hora de dar tchau!

Nosso querido Xavier veio nos buscar e Padre Jean Marco junto com Jacinto, algumas crianças que já haviam acordado (isso era 6h) se despediram de nós. Inspirei fundo para sentir o cheiro daquele lugar e guardar na lembrança (kkk)... Pelo caminho ainda vimos os aviões que foram usados durante a guerra civil.

Um profundo sentimento nos envolveu quando nos despedimos do Dielto, o agregado, que arrasou nossos corações com sua simpatia, irreverência, alegria, música, inteligência, corridas, trapalhadas e dono de um sorriso como poucos.

Entramos no aeroporto, pronto, começou a confusão. O voo das 9h não havia lugar para nós, reivindicamos nossos direitos junto aos representantes da LAM TOURISM e depois a South África. Quase que vai um e ficam os outros e depois inverteu, quase vão alguns e ficam o outro (kkk). Que sufoco! A Mama (assim que o Lu chamava a Débora) junto da Priscila estavam a frente das negociações. A Priscila arrasou! A Débora teve até medo dela (kkk). E eu fiquei de testemunha em alguns casos ou SEGURANÇA (kkk) delas. Mas, quando pensamos que ficaríamos separados acabamos embarcando todos juntos e próximos uns dos outros. O Ney se realizou nesse voo parecia um dos filhos dele, foi na janelinha (kkk).

Bom mesmo foi chegar a Johannesburg e perceber que já sabíamos para onde ir e que eu, a Noêmia, sabíamos falar inglês (bendito os meus professores da Escola de Inglês MEMPHIS). Comemos e passeamos, lembramos do Di, encontramos a Rita, a funcionária que achou o passaporte dele quando chegamos na África, tietagem pura, tiramos uma foto. Ajudei a Débora a comprar suas coisinhas, nos separamos um pouquinho (segurança é tudo) e quase, mas quase mesmo perdemos o voo...Dessa vez não tinha Eder e nem Camile para nos alertar... Foi cena de filme: Eu, Priscila, Débora e Noêmia correndo em direção ao nosso portão de embarque (que para ajudar era o último) por cima das esteiras do desenho OS JETSONS (kkk) Os comissários ao nos avistarem gritaram: SÃO PAULO! SÃO PAULO! E do outro lado nós acenando e gritando o mesmo (kkk) Crentes que os meninos (Ney e Luciano) já haviam embarcado, ilusão, chegaram depois de nós.

Levamos uma bronca da comissária!























Capulanas lindas e coloridas